Até então ateu,
o poeta francês ajoelhou-se na Notre Dame de Paris e converteu-se. Nossa
Senhora desceu do altar, perguntando o que desejava. Ele respondeu:
Meio-dia.
Vejo a igreja aberta e entro.
Mas não é
para rezar, ó Mãe, que eu estou aqui dentro.
Nada tenho a
pedir, nada para dar.
Venho
somente, Mãe, para te olhar...
Olhar-te,
chorar de alegria, sabendo apenas isto:
que eu sou
teu filho e tu estás aqui, Mãe de Jesus Cristo!
Ao menos por
um momento, enquanto tudo pára (meio-dia!),
estar
contigo nesse lugar em que estás, ó Maria.
Nada dizer,
olhar-te simplesmente o rosto,
e deixar o
coração cantar a seu gosto.
Porque tu és
bela, porque tu és imaculada,
a mulher na
graça reintegrada.
A criatura
na sua hora primeira e na plenitude final,
tal como
saiu das mãos de Deus no seu esplendor inicial.
Porque estás
sempre aí, porque existes, simplesmente por isto,
eu te
agradeço, Mãe de Jesus Cristo!
A VIRGEM do
MEIO-DIA
PAUL CLAUDEL
(Villeneuve-sur-Fère,
França. 1868 - 1955)
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