Ex-reitor da UFRN, o professor e escritor Geraldo Queiroz
tomou posse dia 23 de maio como novo membro da Academia Norte-rio-grandense de
Letras. Nas fotos, o novo imortal e o presidente da ANRL, Diogenes da Cunha
Lima.
quarta-feira, 29 de maio de 2019
segunda-feira, 27 de maio de 2019
DCL NOS 15 ANOS DE SARAH MEDEIROS
15 ANOS DE SARAH MEDEIROS
24 de maio
Natal, RN
Diogenes da Cunha Lima e Vera Maria Dantas
Antonio Nahud, Thayra, Andreia Braz,
Carlos Zens, DCL e Vera Dantas
A CANÇÃO DE SARAH
A CANÇÃO DE SARAH
Letra de Diogenes da Cunha Lima
Melodia de Carlos Zens
Interpretação: Thayna Raz
Edição do clip: René Papel
quinta-feira, 23 de maio de 2019
DCL EM ANTOLOGIA NACIONAL
O poema JESUS, UM NORDESTINO, de Diogenes da Cunha Lima, na antologia de Henrique Alves. Publicação de 1985 da Roswitha Kempf Editores.
sexta-feira, 17 de maio de 2019
UM EQUILÍBRIO DELICADO
Zélia Duncan é uma poeta, cantora e
compositora madura que atingiu um perfeito equilíbrio entre poesia,
dramaticidade e romantismo, promovendo um profícuo encontro entre a literatura
e a música. Sua voz harmônica é ao mesmo tempo sedutora e de qualidade. O talento
é evidente. Por seu fraseado único, senso rítmico e poesia contagiante, é um
dos bons nomes da nossa música.
Participamos de um seminário no Hotel Barreira
Roxa, em Natal, com o tema “Arte e Cultura como Fator do Desenvolvimento”. Durante
o evento, ela interpretou este poema em prosa de sua autoria. Encantou o
público, e considerei adequado para a nossa Revista. A autora permitiu sua
divulgação e publicação.
VIDA EM
BRANCO
Você
não precisa de artistas?
Então
me devolve os momentos bons
Os
versos roubados de nós
As
cores do seu caminho
Arranca
o rádio do seu carro
Destrói
a caixa de som
Joga
fora os instrumentos
E
todos aqueles quadros
Deixe
as paredes em branco
Assim
como é sua cabeça
Seu
céu de cimento
Silêncio
cheio de ódio
Armas
pra dormir
Nenhuma
canção pra ninar
E
suas crianças em guarda
Esperando
a hora incerta
Pra
mandar ou receber rajadas
Você
não precisa de artistas?
Então
fecha os olhos, mora no breu
Esquece
o que a arte te deu
Finge
que ela não te deu nada
Nem
um som, nenhuma cor,
nenhuma
flor na sua blusa
Nem
Van Goh, nem Tom Jobim
Nenhum
Gonzaga, nem Diadorim
Você
vai rimar com números
Você
vai dormir com raiva
e
acordar sem sonhos, sem nada
E
esse vazio no seu peito
Não
tem refrão pra dar jeito
Não
tem balé pra bailar
Você
não precisa de artistas?
Então
nos perca de vista
Então
nos deixe de fora
Desse
seu mundo perverso
Sem
verso, sem graça, sem alma.
quarta-feira, 15 de maio de 2019
segunda-feira, 13 de maio de 2019
A BENÇÃO, DONA NICINHA
A triste descoberta é a de que não tenho mais a quem
pedir a bênção. Na verdade, posso pedir
aos tios, mas não é a mesma coisa. Da
mãe, é uma graça do céu, em que ela é intermediária. O ato de benzer produz efeitos bons e
duradouros. Estou convencido de que dar
e receber bênção é uma mercê que Jesus concedeu aos homens. Da mesma maneira que os padres consagram
benzendo, pais, parentes mais velhos e padrinhos pedem a graça do Senhor sobre
o abençoado. E conseguem.
Mãe não deveria morrer. Não morre, penso eu. Elas, apenas, escondem-se dentro de nós. Em uma parte nobre do nosso corpo, onde
funciona a memória do coração. No
coração se aloja a memória mais sensível.
Estava fazendo meditação em
exercício de yôga. Há um momento especial em que ficamos entre a vigília e o
sono, quase transe. Senti como se
estivesse prendendo um pássaro azul nas mãos.
Era bonito, pouco maior que uma rolinha.
O pássaro voou. E era a minha
mãe. Depois, os participantes do yôga
fizeram um círculo. Novamente, imaginei
o pássaro azul voando do chão para o infinito.
O meu pai costumava brincar com
ela, dizendo:
- Nicinha, se você não cuidar de
mim, eu viro um foguete azul e siuuu... desapareço. Depois, vão perguntar a você - e você que não
mente - vai responder: Não, não morreu, confundiu-se com o céu.
Os dois estão voando no azul e, ao mesmo tempo,
guardados em memórias do coração.
Sempre pensei que a orfandade existia para
meninos. A orfandade não tem idade. Hoje, sabemos todos, a orfandade cresce com a
idade, com a experiência de vida.
Dona Nicinha teve uma parada de
funções vitais. Surpreendentemente,
melhorou e foi hospitalizada. Não mais
falou. Apenas reconheceu cada filho,
abençoou Aryam, Gilma, Daladier, Marcelo, Dina e a mim, ainda que com
dificuldade de pronunciar as palavras.
Foi a última missão que se impôs, transmitir a bênção, intermediária de
Deus. Não houve uma queixa durante a
doença. Deixou aos seis filhos, vinte
netos, vinte e sete bisnetos e uma trineta exemplo de fé, trabalho e dignidade
pessoal.
Trabalhou duro, com o marido
diabético no interior, para manter seis filhos estudando na Capital. Economizou tudo. Nunca aceitou a cultura do desperdício,
infelizmente, tão difundida no nosso povo.
Dona Nicinha nunca admitiu excessos.
Nem faltas. As coisas deveriam
ser na medida exata, com visão exata, com palavras exatas.
Sempre entendeu ser esta vida
passageira, lugar para cumprir dever, ser útil e fazer feliz. Esteve sempre preparada para voar porque o
seu lugar não era aqui.
Na presença dos seus companheiros
do Apostolado da Oração, do seu Clube da Maior Idade, parentes e amigos, pedi
que conservassem o belo costume brasileiro de pedir e receber bênção. Meus filhos e netos passaram a fazê-lo agora.
Não tenho mais a quem pedir a bênção
estirando a mão direita espalmada em sua direção. A não ser em direção do azul.
quarta-feira, 8 de maio de 2019
A PRIMEIRA COZINHEIRA
“O português encontrou
no Brasil a mulher fácil, abundante, amorosa. Anchieta indignava-se em
Piratininga, julho de 1554, onde as mulheres andam nuas e não sabem se negar a
ninguém, mas até elas mesmas cometem e importunam os homens, jogando-se com
eles nas redes porque têm por honra dormir com os Cristãos”
“O assado sangrento,
sangue-por-dentro, mal passado, não era português. Era uma legitimidade indígena
que a cunhã certamente oficializou para o paladar europeu. O roast-beef no Brasil
é um permanente local e não inglesa.”
LUIZ
DA CÂMARA CASCUDO
do
livro “História da Alimentação no Brasil”
Foto: ÊNIO BEZERRA
terça-feira, 7 de maio de 2019
segunda-feira, 6 de maio de 2019
quinta-feira, 2 de maio de 2019
A MOÇA COM O BRINCO DE PÉROLA
DCL visitou em Haia, na
Holanda, a famosa obra de 1665 do mestre JOHANNES VERMEER (Delft, Países
Baixos. 1632 - 1675).
A VISITA DO MENINO DIÓGENES
Fã
do clássico “O Pequeno Príncipe”, o desejo do menino de 7 anos Diogenes, do
interior do Rio Grande do Norte e filho da professora Teresa, era conhecer o
Poeta do Baobá. Desejo atendido, trouxe de presente um bonito desenho feito por
ele mesmo.
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