terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

DEDICATÓRIA

 

“A Diogenes da Cunha Lima, à sua bela poesia, ao seu talento administrativo, a tudo quanto vem projetando pela cultura da nossa região.

Com admiração, do amigo

Mauro Mota”

Recife, 1981
Dedicatória retirada do livro “A Estrela de Pedra”, de Mauro Mota.

 

 

 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

O POEMA DEFINITIVO


 

O poema é construído com silêncio
existente entre as sílabas, sinal
de um tempo novo, múltiplo, sincrônico
na imagem sucessiva: poema virtual.

O poema é construído em solidão,
astro deserto, íntimo de muros
altos, forte tensão, o sangue em chamas,
é gerado no caos. Matriz: o escuro.

Escrito, o poema dorme na tessitura
do silêncio. Desperto, com sede e fome,
o poema nasce e vive na leitura.

Em sintaxe as palavras se consomem
e se o fogo as eleva à maior altura
o poema é a presença de um Deus, homem.


DIOGENES da CUNHA LIMA 
de “Memórias das Águas” (2005)
 
 
 

O NÚMERO MÁGICO


 

 

 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

O CAVALO de DA VINCI em PARNAMIRIM

 

Leonardo da Vinci passou quase 20 anos de sua vida em Milão, na corte dos Sforza, onde teve os anos mais produtivos de sua vida. Por volta de 1482, Ludovico Sforza pediu para Da Vinci que fizesse uma grande estátua de um cavalo em homenagem ao seu antecessor, Francesco Sforza. Quase 10 anos depois, Leonardo apresentou seu primeiro modelo em argila: uma enorme escultura de 7 metros de um belo cavalo.

No entanto, os franceses estavam na iminência de invadir Milão. Isso fez com que as 70 toneladas de bronze para a versão final da estátua precisassem ser utilizadas para a fabricação de canhões, fazendo com que o projeto do cavalo ficasse em suspensão. A falta do material e o fato dos franceses terem utilizado o modelo em argila de Leonardo como alvo de tiro, decretou o aparente fim do sonho do Gran Cavallo.

No final do século 20, várias réplicas foram erguidas ao redor do mundo (Michigan, nos EUA; Milão etc.), que mostram como a arte tem o poder de resistir ao tempo. Uma delas está em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, em frente à Cidade do Vaqueiro. Admirador de Da Vinci, o poeta potiguar Diogenes da Cunha Lima (fotos abaixo) concretizou a criação de uma estátua equestre muito parecida com os desenhos de Leonardo, baseadas em seus estudos e anotações. O “Cavallo di Leonardo” tem assinatura do artista Dalécio Damásio Mariz, de Ipueira (RN), e foi metalizado por Fábio di Ojuara. Uma pequena réplica de Eri Medeiros se encontra na Biblioteca Nacional.

O tão sonhado monumento equestre tem forma física, não mais platônica, graças ao esforço conjunto de muitas pessoas que se preocuparam em materializar um esquecido projeto renascentista! E aí? Tem vontade de conhecer essa estátua em Parnamirim?