terça-feira, 31 de maio de 2016

ENTREVISTANDO FRANKLIN JORGE

Franklin Jorge por Fernando Gurgel



No programa “Memória Cultural” (TV Metropolitano), Diogenes da Cunha Lima entrevista o escritor e jornalista Franklin Jorge. Vai ao ar no próximo sábado, 4 de junho, às 13h. 

Escritor eclético, talentoso e polêmico, Franklin Jorge nasceu no Ceará-Mirim. Autor de vários livros, dedica-se atualmente ao blog “O Santo Ofício”. Vive em Natal, cidade cenário da sua obra de ficção. 




sexta-feira, 27 de maio de 2016

FRASE DO DIA


Louvado seja, meu Senhor, pela nossa mãe e irmã Terra.

SÃO FRANCISCO DE ASSIS



MÚSICA E DIREITO


A escritora e poetisa Maria do Perpétuo é pessoa admirável. Escreve com graça e talento. Faz aproximações das artes com maestria. Este artigo encantou a minha filha Leila que o guardou consigo por muitos e muitos anos. Confira.








quarta-feira, 25 de maio de 2016

FRASE DO DIA



O Brasil está ficando um país chato. País de muitos protestos, 
barulhento, pouca produção.

ELIANA LIMA




segunda-feira, 23 de maio de 2016

sexta-feira, 20 de maio de 2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

ACADEMIA PARA JOVENS





Coordenado pelo acadêmico Manoel Onofre Júnior e o escritor Thiago Gonzaga, o projeto "Academia para Jovens" tem como objetivo divulgar a literatura do Rio Grande do Norte e a Academia Norte-rio-grandense de Letras. No ano de 2015, nove escolas públicas ou privadas participaram da ação, num total de 2.210 estudantes.




FRASE DO DIA



A memória coletiva é seletiva, impulsionada menos pelo conhecimento 
e mais pelo sentimento.


DCL




quarta-feira, 18 de maio de 2016

ANIVERSÁRIO DE HAROLDO PINHEIRO BORGES


Sábado, 14 de maio, aniversário do amigo de infância Haroldo Pinheiro Borges, na Fazenda Bom Destino, em Lagoa de Velhos (Queimadas). Terra de Fabião das Queimadas, um escritor fantástico, de grande valor. Câmara Cascudo dizia que ele era o maior poeta negro do Brasil.

DCL














POEMA PARA BEATRIZ





QUEM SERÁ?


Sorria
Que você vê Bia.
Ser feliz
É ter Beatriz.

Com que linda rima?
Com Beatriz Cunha Lima
Quem lhe afasta os males?
É seu pai. É Thales.

Que mãe o amor define?
É Cristine. É Cristine.


VOVÔ DIOGENES
Natal, 17 de Maio de 2016






VERA




As quatro letras ressoam
No coração, és querida.
Eu sei, eu sinto, és pessoa
nascida pra minha vida.

Devoção, rigor, abrigo,
És da ciência esperança
Pra quem procura contigo
Salvar a sua criança.

Para os teus filhos és tudo
simpatia condiz contigo
Mas feliz eu sou, sortudo,
Teu amor, amante, amigo.


                DCL
Natal, 16 de Maio de 2016




sexta-feira, 13 de maio de 2016

UM CRONISTA DA TERRA


Woden Madruga é um escritor, que bem produz e com frequência diária. Diria mesmo, à maneira de Affonso Romano de Sant’Ana, que ele é um escritor crônico.
WM dá notícias necessárias, exerce a crítica da sociedade e dos governos, faz arquivo sentimental, guarda boa memória da inteligência, da correspondência amiga, descobre e publica poesia essencial.

O bacharel Woden Madruga sabe e comenta o que é direito.
O fazendeiro Woden está sempre atento às notícias de inverno, prenúncios de seca, valores da criação de gado, a luta agrícola. É um nordestino, admirável no amor ao chão agreste. Observa a superação do homem nas dificuldades climáticas.
O cronista da terra é senhor de uma linguagem viva e popular. Chega a chamar o nosso Shopping Center famoso de Miduei e usar a saborosa expressão de coisas passadas “derna” muito tempo...
Leitor da grande imprensa, ele seleciona e registra as melhores versões para o interesse local. A sua prosa, escassa em tristezas, tem tendência à poesia e ao humor, à ironia. Algumas vezes, torna-se insuperável. Comento sempre um ano em que a legendária Resistência de Mossoró a Lampião tomava conta, exaustivamente, da imprensa de Natal. Os amigos reclamaram que WM fez passar em branco o acontecimento histórico. E saiu a surpreendente “adesão” ao cangaço: “Estou com Lampião. E não abro”.
Jornalistas como WM são verdadeiramente de utilidade pública. Chamam a atenção do leitor para os problemas sociais. Vezes, eles denunciam a má-fé e a ignorância. WM age sempre com lealdade ao seu ofício e aos seus amigos. Costumeiramente, aos domingos, por exemplo, publica a bela e expressiva linguagem de Paulo Balá, companheiro e sucessor do nobre Oswaldo Lamartine.

Woden anota, na simplicidade do cotidiano, os fatos que têm relevo. Muitas vezes, faz refletir pelo inesperado no dizer.

A crônica tem servido, inclusive, como instrumento de mudanças. Já se nota a ação de sua linguagem que faz alterar comportamentos no poder público e até na iniciativa privada.

O poeta Maia Pinto sabe que o livro permanece, o jornal se esquece. Por isso está fazendo bela homenagem, simpática até, aos muitos leitores do cronista-escritor.

DCL


quinta-feira, 12 de maio de 2016

NA GAVETA DO TEMPO





Este livro é invenção de um grupo de generosos amigos e amigas: Sanderson Negreiros, Alex Nascimento, Mariana Rodrigues, Lalinha Duarte Barros, Marize Castro, Maia Pinto, Volonté, Mário Ivo Cavalcanti. Teve também o adjutório de Beatriz, filha, que foi cuidando da cedição, dividindo a peneira com Alex, Mariana, Mário Ivo e Graziela Grilo, revisora. Revisores, editores.

Juntaram textos publicados no Jornal de WM, coluna que assino há 52 anos na Tribuna do Norte, aos quais acrescentou-se meia dúzia de prefácios e orelhas que escrevi para livros de amigos. Confesso que nunca foi projeto meu, nem no tempo que existia a Sudene, publicar livro. Quem desejasse fazê-lo que fosse aos arquivos da TN e tentasse exercitar a paciência no rastro de mais de meio século de ofício.

Foi o que o grupo fez. Aqui estão algumas dessas crônicas ou notas publicadas nestas cinco décadas de coluna. A seleção dos textos não obedece à ordem cronológica nem os motes se alinham. O primeiro Jornal de WM foi publicado no 15 de março de 1964, segunda página do primeiro caderno, tendo como vizinhos três poetas/cronistas: Berilo Wanderley, Sanderson Negreiros e Newton Navarro. A coluna ocuparia – como ocupa ainda hoje – em registrar os fatos da vida política, cultural e social da província. Aqui e acolá, podendo atravessar os limites da aldeia. Noticiar e comentar. É o que tento fazer ainda hoje, apesar do cansaço da rotina e da idade. O jornalismo já me consumiu 62 dos quase 80 anos que vou fazer agora, mais alguns meses.

O meu retrato na capa não é uma imposição da vaidade que não tenho. É uma homenagem ao seu autor, o fotógrafo e amigo Giovanni Sérgio, filho de um grande companheiro de jornal, ainda dos anos 50, da boemia e de incursões literárias, Joanilo de Paula Rego. Giovanni, com sua lente mágica, conseguiu me fazer simpático. Ou não?

Dedico este livro às minhas netas Gabriela, Natália, Maria Teresa e Julinha; aos netos Tibério e Francisco; e à memória do meu filho Rogério.


WODEN MADRUGA


Natal, março de 2016.




SABEDORIA POPULAR



Na crise brasileira, muitas pessoas presas ao emprego político e a outros conchavos não reclamam nem podem reclamar. Em verdade, estão seguindo a sabedoria popular: “Está debaixo do pé do boi dizendo eu estou peando”.


(DCL)




terça-feira, 10 de maio de 2016

A PRATA DO TEMPO





O Pensamento de VICENTE SEREJO



Quem não inveja um homem que mora numa pequena ilha, cercado de azul por todos os lados, de bem com a vida? Colecionando os dias e as noites, o sol e a lua, como se fosse dele aquele pedaço de mar?


Para se inventar uma ilha é preciso imaginá-la com cuidado. Porque só assim será possível fazê-la e desfazê-la.


Tudo nasce de um leve toque do olhar que vai desenhando sonhos, pintando desejos, entoando canções.


E a rede, a rede é esse útero de pano que nos envolve nessas manhãs de tédio e de remorsos.


Vou carregado pela força dos meus sonhos.


O sedutor, e bom lembrar, é um mestre de cerimônia do perigo.


Tudo isso pra não lembrar a suspeita terrível do poeta Diógenes da Cunha Lima quando acha que tendo tantos bichinhos mansos no Paraíso, não consegue entender como Eva foi puxar conversa logo com a serpente.


As noites felizes prometem vitórias.


A noite é a mais verdadeira das horas.


O próprio amor, ora, é uma invenção.


A aventura é o destino natural do homem.


Alguns maridos, por esses tempos, naturalmente andam muito inseguros.


Feminista, impressão minha, é quase sempre um ser mau humorado.


Os homens precisam encontrar, rapidamente, uma saída para a preservação da alegria.


O ciúme é uma invenção de Satanás.


É preciso aceitar a lição de Camões que exige engenho e arte para manter a vida.




segunda-feira, 9 de maio de 2016

FRASE DO DIA




"Coragem é resistir ao medo, dominar o medo, 
não a ausência do medo"

MARK TWAIN



A IMENSIDÃO EU TROUXE DE NOVA CRUZ

Dona Lia Pimentel e seu filho Bernardino



Texto do amigo BERNARDO CELESTINO PIMENTEL, de Nova Cruz (RN),  postado no Dia das Mães falando do seu nascimento. (DCL)


Nada como o tempo para passar...
Há sessenta e um anos, minha mãe recebia os ingressos  na entrada do Cine Éden em Nova Cruz, e o filme começou...nesta época já era irmã de dois almirantes de carreira,Luiz Pimentel e Alberto Pimentel, um deles, Luiz, o Comandante do navio de Guerra Almirante  Barroso, o maior navio da marinha, á  época, mas  ajudava o cunhado, Paulo, o dono do cinema da cidade...
No final da projeção uma novidade: Dona Lia Pimentel descansou...pariu um menino chamado Bernardo...eu já estava em casa, no meu berço Gerdau...um parto tão ligeiro como um coice de uma bacorinha...
Fui  criado mamando e ninado por La Cumparsita e por Lencinho branco, dois tangos, que este mês escutei-os nas ruas de Madrid...lá eles são atuais, por que são eternos...as vezes ela balançava a minha rede cantando, e durante o dia, solava-os no acordeon, várias vezes...era uma ideia fixa...estes acordes me impregnaram a alma de música, de sensibilidade, de bom gosto, de introspecção: dois tangos em tom menor...
Tive uma infância diferente e diferenciada...fui ensinado a, somente  render homenagem ao talento, e hoje compreendo por que minha mãe fechava os olhos quando comungava...
Compreendo por que meu pai, no domingo, parava de trabalhar, vestia  o paletó, e ia assistir a missa...
Fui estudar no Colégio Nossa senhora do Carmo, no preliminar e saí com o curso ginasial...era um tempo em que a maldade ainda não tinha nascido...                                    
Era o tempo do Tio Paulo Bezerra, que já falava: a gente deve ser obrigado a ser feliz...
Aos oito anos, me ajoelhei na igreja de Nossa senhora da Conceição, minha padroeira, e fiz o que a minha mestra , Irmã Luiza, me ensinara:
Peça a Deus para ser um instrumento da sua paz... e Deus nunca me decepcionou...
Depois, vim pro colégio Marista, não existia nada de melhor...uma caridade para os ricos...o colega que veio comigo foi aconselhado a procurar uma escola pública,por que atrasara a mensalidade...desapareceu...
Nem a Faculdade de Medicina nem a Residencia de cirurgia me deram o humanismo que eu captei no balcão do nosso comercio...nas calçadas de Nova Cruz...convivi com a bondade de engraxates, como Baltasar, de João meneses, meu vizinho, um agricultor, gente de ouro, que dinheiro não compra.
A imensidão eu trouxe de Nova Cruz...
O sentimento do mundo nas duas mãos, eu trouxe do meu berço...
Já tinha uma partitura para tocar a sinfonia da vida...tinha uma régua e  um compasso , tinha o humanismo, a sabedoria e a luz, que são reflexos de Deus...
O que eu penso e pensei na minha solidão, foi  e será compartilhado por milhares de coração...
Termino  repetindo Antoine de Saint-Exupéry, que era um piloto comercial:
Não encontrei a grandeza humana atravessando o oceano Atlântico, nem o oceano pacífico, nem nenhum  oceano...
Encontrei-a, senti-a, quando era criança e adoecia, e minha mãe vinha de ponta de pés,me buscar para dormir no seu quarto...
E no dia que eu nasci,era o Dia das mães...
Muito obrigado mamãe...por este azul que você implantou nas minhas retinas, para que eu visse a vida, azul, verde, cheia de esperanças, sempre iluminada...sempre fomos do cordão azul...
Lhe homenageio hoje, na terceira idade, com a frase que você mais  repetia:
Quando uma mãe beija um filho,  a sua alma se ajoelha...até um dia, minha Santa.

seu Benado teletino...
seu fim de rama...
seu cós de saia...
seu bicho danado... 



quarta-feira, 4 de maio de 2016

ERA UMA CIDADE DE ARES IMPONENTES




Era uma cidade de ares imponentes.
e naquela cidade imaginária
uma grande estação ferroviária
atendia a milhares de clientes.

Muitos trens pra destinos diferentes,
cada viagem mais visionária.
Pro SONHO, RO PASSADO, qualquer área
da utopia criada em nossas mentes.

No guichê do PASSADO eu a encontrei.
Enchi-me de esperança e a convidei
para mudar de trem. Mas naquele ato

houve um anúncio e se fez escuro:
“Passageiros do trem para o FUTURO,
Último aviso: embarque imediato”.


RONALDO CUNHA LIMA



“Como eu, Ronaldo tinha mania por trens” (DCL)



FRANKLIN JORGE NO "O NHEÇUANO"






Franklin Jorge
no jornal "O Nheçuano", do Rio Grande do Sul




terça-feira, 3 de maio de 2016

FRASE DO DIA




A ilusão é imprescindível à sobrevivência.

DCL



ABC DO ADVOGADO



ADVOCACIA
A advocacia é a profissão da lealdade.

BEM COMUM
A ilusão é um bem comum de uso do povo.

CAUSAS
Infelizmente, um bom advogado de uma causa má vende um péssimo advogado de uma boa causa.

DIREITO
Direito é força social criada para subjugar forças sociais antiéticas.

ELEGÂNCIA MORAL
A elegância intelectual deve acompanhar a elegância moral.

FADIGA DA LEI
Fadiga da Lei, acrescenta o poder ao juiz.

GLÓRIA
Toda glória é passado.

HIERARQUIA DAS LEALDADES
O advogado deve lealdade primeiramente à Justiça, depois ao cliente.

JUSTIÇA
A lei visa o direito, o direito visa a justiça.

LEI
A bondade vence.

MISSÃO
Cultiva a profissão quem a identificar com missão.

NUNCA E TALVEZ
Acresça ao desconsolo do nunca a esperança do talvez.

OTIMISMO
O otimismo faz da crise o êxito.

PERDÃO
O perdão é maior que o delito.

QUEM SOMOS
Somos o que ignoramos.

REVERÊNCIA
Reverência em sua forma extrema é bajulação.

SER EXIGENTE
Ser exigente é virtude eficiente.

TEMPO
O tempo é inelástico.

UTILIDADE PÚBLICA
Os prazeres individuais são de utilidade pública.

VIRTUDE
Faça da virtude um hábito, se não é hábito não é virtude.

XADREZ
Sabendo caminhar um peão se converte em rainha.

ZERO ABSOLUTO
O zero absoluto prova a capacidade humana de imaginar.


DCL





segunda-feira, 2 de maio de 2016

VALSAS



Com emoção, recebi duas valsas feitas para os quinze anos de minhas filhas, Leila e Cristine, por Oriano de Almeida. A de Leila foi recuperada a partitura e a música, tocada pelo próprio Oriano. Título: “Uma Rosa de Junho para Leila”.

Recebi as valsas de Nilda Cunha Lima, que foi amiga e intérprete de Oriano. É uma excelente pianista.

DCL



LAMPIÃO E MACBETH






AVAREZA