Não foi por
coincidência que o escrivão-mor Pero Vaz de Caminha estava na frota de Pedro
Álvares Cabral quando este descobriu o Brasil em 1500. Dono de um estilo
empolado, contudo observador, perspicaz e minucioso, ele pôde transmitir ao rei
que o nomeara escrivão-mor de Calicute toda a grandeza e a graça das terras
recém-descobertas. O bom Caminha esmerou-se em dar ao monarca algo mais do que
uma fria e técnica notícia de “achamento”, apresentou algo mais do que um mero
roteiro de viagem. Caprichou nas descrições e deu-nos um verdadeiro retrato
vivo da terra que surgia virginal do mar. Nesta edição da SESI-SP editora,
tradução primorosa de Ivo Barroso para o português moderno.
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