O poeta-escravo Fabião das Queimadas chamava todo poeta (e a
si mesmo) de passarinho. Ganhava o próprio sustento e para seu dono tocando
viola e poetizando a vida. Um dia, perguntaram a Fabião por que ele era
cantador. E ele: “Cantam longe os passarinhos, do outro lado do rio. Uns cantam
porque têm fome, outros cantam por ter frio, uns cantam de papo cheio, outros
de papo vazio”.
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