quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A VIDA NOS EPITÁFIOS 2





Recebi do escritor José Paulo Cavalcanti o seguinte e-mail:

“Maravilha, mestre Diogenes.

Pensei que iria dizer o epitáfio que Ari Barroso deixou escrito, pedindo à mulher que pudesse em sua lápide: "Aqui jaz um homem que odiava jazz" . E ela não atendeu seu último pedido. Só por pirraça.

Durante muito tempo ia, todo sábado, para o cemitério de Santo Amaro, anotar lápides do século 19. Com a intenção de converter as citações em éxergos, postos cada um em um conto. Talvez ainda faça isso, um dia. Exemplos:

Aqui jaz dona... que, afora o fato de ser fofoqueira, não tinha nenhum defeito.

Ele agora está ao lado de quem nunca acreditou.

Aqui jaz Euphrosina, barbaramente assassinada, lembrança de seus admiradores do Foro (este está em frente ao túmulo de meu pai. E a coitada tinha só 14 anos).

E por aí vai. Cada citação para um conto. Seria divertido. Talvez ainda faça isso. Beleza, amigo Diogenes. Belo texto. Como sempre. E vamos em frente. Saudades, abraços,  José Paulo.”




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