quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

RETRATO


 

RETRATO
 
 
Quando a dor bate a porta, eu fecho
Eu não levo saudade, eu deixo
 
Um amor que não serve, eu findo
e se um outro for bom, eu brindo
 
Flor de amor quando morre, eu planto
E na espera eu não choro, eu canto
 
Toda forma de reza, eu prezo
Através do meu verso, eu rezo
 
Quem precisa de ajuda, eu tenho
E de onde estiver, eu venho
 
De falar sobre a vida, eu gosto
O que eu tenho no peito, eu mostro
 
Em qualquer chão do mundo, eu passo
E se não tem caminho, eu faço
 
Meu destino quem prende, eu solto
Eu não parto nem fico, eu volto.


PAULO CÉSAR PINHEIRO





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