Registro de vinte anos de convivência afetuosa,
admiração crescente entre autor e discípulo, leitura da obra de Câmara Cascudo
e interesse pelos fatos marcantes de sua vida, o livro “Cascudo, um Brasileiro
Feliz”, de Diogenes da Cunha Lima, terá sua 5ª. Edição. Desta vez, foi adotado
pelo Ministério da Educação (MEC) e será reeditada em 80 mil exemplares para a
rede de ensino federal. Não se pretende que seja uma biografia tradicional. São
retalhos de uma vida bonita, de um trabalho profícuo e sua projeção no panorama
cultural do Brasil.
O escritor Diógenes da Cunha Lima conheceu o
biografado aos 13 anos de idade, depois foi seu aluno na Faculdade de Direito
de Natal. Promotor cultural e da sociedade, Luís da Câmara Cascudo estimulou
pessoas e instituições. Criou a Universidade Popular e, depois, respaldou a
criação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Fundou a Academia
Norte-rio-grandense de Letras, deu vida ao vetusto Instituto Histórico do
Estado, criou a Associação Brasileira do Folclore, a Sociedade Araruna de
Danças Antigas e Semidesaparecidas.
A sua obra, com quase cento e cinquenta livros
publicados, é também espantosa em qualidade. Mas, acima de tudo, é obra quase
impossível de ser feita por um único homem, senão por uma universidade inteira.
E Cascudo fez tudo sozinho. A ideia central deste livro é transmitir um pouco
da vida de um feliz brasileiro, um mestre que sabia explicar e identificar o
seu povo. Ele costumava dizer: “O melhor produto do Brasil ainda é o brasileiro”.
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