Poesia não se explica, se sente. O canto da poeta
Christiane Alecrim é um prato cheio de sentimentos. É a aparição do indizível
sob as espécies mais corriqueiras do cotidiano. A liberdade da poeta, numa
escrita desligada de qualquer compromisso que não seja a audácia da imaginação,
permite que seus versos correm ritmados como flores ao vento, na pura beleza
dos sentimentos. Uma intimidade doce ao falar da dor e dos mistérios do mundo.
AQUELES OLHOS
Sou vulgar e traiçoeira
Sou sem eira nem beira
Sou uma qualquer
Sou mulher
Me vendo por nada
Me dou sem lucro
Me gasto
Por isso não presto
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