quarta-feira, 6 de setembro de 2023

De BECLAUTE

 

Tive a felicidade de conhecer Diogenes da Cunha Lima quando estive em Natal, em 2019, e acabei por conhecer o Baobá do Poeta. Sim, ele protege um lindo e gigante Baobá, que possivelmente tenha servido de inspiração para Antoine de Saint-Exupéry, na obra “O Pequeno Principe”. Dele recebi dois livros que são um diálogo com o poeta chileno, Nobel de Literatura, Pablo Neruda.
 
O primeiro “O Livro das Respostas”, já na terceira edição, são contrapontos belíssimos às perguntas feitas pelo poeta chileno, no “Libro de las preguntas”. A cada pergunta... Uma resposta genial. "De dónde saca tantas hojas la primavera de Francia?" (pergunta Neruda). Responde o Poeta: “A primavera da França colhe folhas da esperança”. Confesso que as respostas não são pontos finais, mas de exclamações. Uma obra rica e criativa que se tornou livro de cabeceira.
 
O segundo livro “Pablo Neruda — Uma Entrevista Imaginad”, o Poeta constrói perguntas e põe as respostas (ditas) imaginadas que são tão reais, que se não fosse a alerta do título pensaria se tratar ser de Neruda... Veja este diálogo: - Os pássaros noturnos cantam? Responde Neruda, na escrita de Diogenes: “Eles bicam as primeiras estrelas que citilam”. Noutra passagem, pergunta a Neruda: “A que compara o ofício da poesia? Responde Neruda — que Diogenes reflete, como um límpido espelho: “É, em grande parte, voar como os pássaros”.
 
Bem, são obras de arte. Únicas, belas e de uma grandiosidade sem igual. Lê-las foi como enxergar um outro Neruda.
 
Um forte abraço, Poeta, o guardião do Baobá – O Baobá do Poeta.
 
 
 
 

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