quarta-feira, 28 de julho de 2021

ADIVINHA QUANTO EU TE AMO

 


Quando eu era professora de crianças, na época do dia dos pais, eu gostava de ler para meus alunos a obra infantil “Adivinha quanto eu te amo” em que um coelhinho se esforça para mostrar o tamanho do amor pelo seu pai e vice versa, numa linda brincadeira. E a história não tem fim, assim como o amor.

Hoje, como aquele coelhinho, que procura algo maior que o comprimento dos seus braços para dimensionar o tamanho do que sente, quero mostrar para aquele por quem sempre fui aPAIxonada a intensidade de algo que ultrapassa todos os limites. Inclusive o das palavras. Já perdi as contas de quantos textos e declarações fiz para descrever o que sinto. Mas amar não é palavra solta. É verbo. É ação. E foi seguindo as conjugações que faço também declarações em gestos. Gestos que querem mostrar, na prática, que as suas muitas lições foram apreendidas. Muitos decisões,  sobre a minha própria vida, são declarações de amor: uma possibilidade para que você senta orgulho de eu ter me tornado uma pessoa que você admira. Seu amor não foi só em versos, e sim em princípios de vida inegociáveis, que guiam minhas atitudes.  Pergunto-me até hoje se o faz feliz essa ou aquela escolha  a fazer.

Insisto para me aproximar de sua generosidade, equilíbrio, firmeza. Confesso que não é tarefa fácil. O aniversariante é lição diária. Rejuvenesce a cada dia que passa, contrariando o curso natural da vida. Conversa com seus netos como se fossem da sua geração. Tem sempre uma perspectiva positiva das situações, mesmo quando determinado fato insiste em afastá-lo do otimismo que lhe é peculiar.

E assim como o coelhinho que, sem conhecer muito das métricas, diz que que ama até a Lua, antes de adormecer em seu peito do seu pai, quero agora, papai, sentido o calor do seu abraço (o amor tem dessas coisas), dizer que te amo até a maior distância que possa existir. Indo e voltando.




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