quinta-feira, 21 de maio de 2020

MORREU OLGA SAVARY






“No Brasil, poeta morre de fome. Mas sou apaixonada por este malandro chamado Literatura e não viveria sem ele”, disse certa vez a mulher que está entre as primeiras escritoras a publicar literatura erótica no Brasil. Olga Savary nasceu em Belém a 21 de maio de 1933. Além desta cidade, viveu em Fortaleza, Rio de Janeiro e em Teresópolis, onde residia. Escreveu prosa e poesia, além de traduzir para o português mais de meia centena de obras de nomes da literatura hispano-americana como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar, Carlos Fuentes, Federico García Lorca, Pablo Neruda, Octavio Paz, José Lezama Lima, Laura Esquivel, Jorge Semprún e Mário Vargas Llosa, e também os mestres japoneses do haicai Bashô, Buson e Issa. 

Publicou mais de uma dúzia de títulos, entre os quais, "Espelho provisório", o de estreia na poesia em 1970, "Sumidouro" (1977, poemas), "Magma" (1982, poemas), "Berço esplendido" (1987, poemas), "Rudá" (1994, poemas) e "O olhar dourado do abismo" (contos, 1997). Organizou importantes antologias, como "Carne viva" (1984), "Antologia da nova poesia brasileira" (1992) e "Poesia do Grão-Pará" (2001). A escritora acumulou vários dos principais prêmios nacionais de literatura, entre eles o Prêmio Jabuti de Autor Revelação (1971), duas vezes o APCA de Poesia - pelo livro "Sumidouro" (1977) e pelo livro "Anima Animalis" (2008). Olga Savary morreu no dia 15 de maio de 2020 por complicações da COVID19




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