Tenho um PAIfessor que me ensina desde pequena. Ele não
deixa chamar jerimum de abóbora, macaxeira de mandioca, nem Forte dos Reis
Magos, ao invés da imponente Fortaleza. Também me ensinou a sentir poesia, sendo sua vida o próprio
poema. Para um poeta, uma flor nunca é só uma flor, imagine o seu baobá, que cuida com muito carinho. Com
ele, aprendi que a memória deve ser seletiva. Lembranças felizes devem recitadas em detalhes. As amargas, esquecidas
totalmente. Como um camaleão,
reinventa-se e se adapta. Aos 82
anos completos hj , é um homem em construção, ávido por novos projetos (a maioria
em benefício da sua cidade), novas aventuras e muitos planos, impregnados de
positividade e fé. Ensina pelo exemplo. Sua máxima de ser útil e feliz é
cumprida cotidianamente. Nas aulas sobre valores deixa claro que tempo vale
muito mais que dinheiro. E se ele voa, meu mestre o pilota com a serenidade de
quem sabe o valor do presente, a importância do passado e a eminência do
futuro, para o qual idealiza brilhantes ações.
Nos ensinou sobre o amor, mas com pouquíssima psicologia.
Quando crianças, dizia - em separado, a
todas nós - que éramos a filha predileta, até eu armar o circo para descobrir a
tal brincadeira. Até hoje, é tanto amor dos seus 4 filhos que ainda brigamos
por sua predileção, sua companhia, pelas suas lições. Como bons alunos, passaremos nossas vidas tentando ser úteis e felizes e ... jamais chamaremos
jerimum de abóbora!
Cristine Tinoco da Cunha Lima Rosado
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