
Leonardo da Vinci
passou quase 20 anos de sua vida em Milão, na corte dos Sforza, onde teve os
anos mais produtivos de sua vida. Por volta de 1482, Ludovico Sforza pediu para
Da Vinci que fizesse uma grande estátua de um cavalo em homenagem ao seu
antecessor, Francesco Sforza. Quase 10 anos depois, Leonardo apresentou seu
primeiro modelo em argila: uma enorme escultura de 7 metros de um belo cavalo.
No entanto, os franceses estavam na
iminência de invadir Milão. Isso fez com que as 70 toneladas de bronze para a
versão final da estátua precisassem ser utilizadas para a fabricação de
canhões, fazendo com que o projeto do cavalo ficasse em suspensão. A falta do
material e o fato dos franceses terem utilizado o modelo em argila de Leonardo
como alvo de tiro, decretou o aparente fim do sonho do Gran Cavallo.
No final do século 20, várias réplicas foram erguidas ao redor do mundo (Michigan, nos EUA; Milão etc.), que mostram como a
arte tem o poder de resistir ao tempo. Uma delas está em Parnamirim, no Rio
Grande do Norte, em frente à Cidade do Vaqueiro. Admirador de Da Vinci, o poeta
potiguar Diogenes da Cunha Lima (fotos abaixo) concretizou a criação de uma estátua equestre
muito parecida com os desenhos de Leonardo, baseadas em seus estudos e
anotações. O “Cavallo di Leonardo” tem assinatura do artista Dalécio Damásio
Mariz, de Ipueira (RN), e foi metalizado por Fábio di Ojuara. Uma
pequena réplica de Eri Medeiros se encontra na Biblioteca Nacional.
O tão sonhado monumento equestre tem
forma física, não mais platônica, graças ao esforço conjunto de muitas pessoas
que se preocuparam em materializar um esquecido projeto renascentista! E aí?
Tem vontade de conhecer essa estátua em Parnamirim?