Quando eu era professora
de crianças, na época do dia dos pais, eu gostava de ler para meus alunos a
obra infantil “Adivinha quanto eu te amo” em que um coelhinho se esforça para
mostrar o tamanho do amor pelo seu pai e vice versa, numa linda brincadeira. E
a história não tem fim, assim como o amor.
Hoje, como aquele
coelhinho, que procura algo maior que o comprimento dos seus braços para
dimensionar o tamanho do que sente, quero mostrar para aquele por quem sempre
fui aPAIxonada a intensidade de algo que ultrapassa todos os limites. Inclusive
o das palavras. Já perdi as contas de quantos textos e declarações fiz para
descrever o que sinto. Mas amar não é palavra solta. É verbo. É ação. E foi
seguindo as conjugações que faço também declarações em gestos. Gestos que
querem mostrar, na prática, que as suas muitas lições foram apreendidas. Muitos
decisões, sobre a minha própria vida,
são declarações de amor: uma possibilidade para que você senta orgulho de eu
ter me tornado uma pessoa que você admira. Seu amor não foi só em versos, e sim
em princípios de vida inegociáveis, que guiam minhas atitudes. Pergunto-me até hoje se o faz feliz essa ou
aquela escolha a fazer.
Insisto para me aproximar
de sua generosidade, equilíbrio, firmeza. Confesso que não é tarefa fácil. O
aniversariante é lição diária. Rejuvenesce a cada dia que passa, contrariando o
curso natural da vida. Conversa com seus netos como se fossem da sua geração.
Tem sempre uma perspectiva positiva das situações, mesmo quando determinado
fato insiste em afastá-lo do otimismo que lhe é peculiar.
E assim como o coelhinho
que, sem conhecer muito das métricas, diz que que ama até a Lua, antes de
adormecer em seu peito do seu pai, quero agora, papai, sentido o calor do seu
abraço (o amor tem dessas coisas), dizer que te amo até a maior distância que
possa existir. Indo e voltando.
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