terça-feira, 30 de outubro de 2018

O MEDO




“O medo tem olhos grandes.”

DITADO RUSSO




A PRIMEIRA DAMA




Michelle Bolsonaro é auxiliar preciosa do presidente eleito. Filtra as amizades e as entrevistas do marido, diminui seus impulsos, suaviza sua linha de conduta. Recatada, deu entrevista a TV Record contando, entre outras coisas, que é filha de cearense, o esposo é gentil, correto na relação familiar e faz o café da manhã. Ela tem 38 anos, ele 63, e a filha, Laura, 8 anos.





FRASE DO DIA




"Alegre-se sempre no senhor. Novamente digo: alegre-se"

SÃO PAULO
(Tarso, Turquia. 05-67)






quinta-feira, 25 de outubro de 2018

NERUDA E DIÓGENES EM DESAFIO ONÍRICO




Diógenes da Cunha Lima publica um novo livro: Livro das respostas; face ao Livro de las preguntas, de Pablo Neruda (Massao Ohno Editor – São Paulo – 1996).

Temos certa intimidade com esse livro de Diógenes, que nasceu por sugestão nossa, conforme o próprio autor confessa com a dedicatória com a qual nos homenageou. Foi, na verdade, um desafio que fizemos, ao entregar o Livro das perguntas, de Neruda, adiantando que gostaríamos que o lesse e respondesse a todas as perguntas difíceis ou surrealistas que ali se acontiam. Se tanto tivesse “engenho e arte”, Diógenes, como dizem os gaúchos: “pegou logo o pinhão na unha”. Durante uma semana, dias e até meses, ele foi respondendo uma a uma todas as trezentas e tantas questões intrigantes levantadas por Neruda. Fez e refez esse livro várias vezes. Procurava avidamente a melhor solução para as indagações do poeta chileno. Soluções que envolviam a contenção e rima, e até a síntese adequada. Foi trabalho de artesanato que só um poeta de alta categoria poderia enfrentar.

Edson Nery da Fonseca, num prefácio magistral, disse tudo sobre a tarefa a que Diógenes se entregou de corpo e alma. Resume a obra de Diógenes com estas palavras: “Diógenes é, sem dúvida, um poeta nascido para os mais altos voos da imaginação. Um poeta de cariz mediano e, por isso, deu às perguntas de autor de Odas elementales as respostas que ele, estou certo, entusiasticamente aplaudiria”.
Pensamos que essa afirmação de Edson Nery da Fonseca, como crítico rigoroso e inflexível, diz bem da tarefa que Diógenes aceitou com deliberado desejo de superar os obstáculos, o terreno minado que Neruda semeou para os poetas do futuro.

Relembramos agora o belo livro que nos encantou com as várias respostas inteligentes ou simplesmente críticas que Diógenes formulou.

Vejam algumas que nessa leitura nos chamaram atenção à pergunta de Neruda dificílima: “y cuándo se fundou la luz. Est sucedeu en Venezuela?”.

Diógenes respondeu:
“A luz nasceu de uma costela da Eva, na Venezuela”.
Ou esta outra indagação:
Donde encontrar una campana que suene adentro de tus sueños?”.
Respondeu Diógenes:
“Os sinos dos sonhos não prescindem de badalos”.
Achamos magnífica a resposta do nosso poeta à pergunta de Neruda:
Cuándo lee la mariposa lo que vuela escrito en sus alas?Diógenes:
“Borboletas costumam ler quando leves voam sobre o espelho das águas”.

Também imaginosa a resposta para essa pergunta de Neruda: “Como se chamam os ciclones quando não tienem movimentos?”. Resposta: “Bem no começo, quando não em movimento, o ciclone se chama ovo do vento”. A uma pergunta de Neruda propondo reconstruir o inferno, Diógenes saiu-se com resposta lógica e bem-humorada:
“Inferno só é inferno por não permitir reforma”.

O livro é todo assim. Cheio de inteligência fértil de graça espontânea, e sobretudo, de sabedoria humana.


VERÍSSIMO DE MELO






REFRÃO DE VERÍSSIMO DE MELO





“Coisa boa é o mar, o luar / É caju com Pitu / Cafuné, cochilar”.


VERÍSSIMO DE MELO





quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O LÍDER




Todo e qualquer movimento culmina organicamente num líder, o qual consubstancia em todo o seu ser o significado e o propósito do movimento popular. Ele é uma encarnação da psique da nação e seu porta-voz. É a ponta de lança da falange de todo o povo em movimento.

Trecho do livro “C. G. Jung: Entrevistas e Encontros”, pág. 75




A FÉ DE ISMAEL NERY





Meu Deus para que presente
Tantas almas num só corpo?

Deus deu também a Adão e a Eva
O poder de criar corpos.


ISMAEL NERY
(Belém, Pará. 1900 - 1934)






terça-feira, 23 de outubro de 2018

O PENSAMENTO DE GERALDO BATISTA





01
A incerteza é maior dos abismos, faz até recém-nascido chorar.


02
A amizade é um amor sem compromisso.


03
A companhia de uma mulher bonita melhorar qualquer comida.


04
A consciência é o vigia de Deus.


05
Ainda não descobri se sou feliz por ser pobre ou sou pobre por ser feliz.





quarta-feira, 17 de outubro de 2018

FRASE DO DIA




“Todo amigo ressuscitado guarda cinzas do distanciamento”

DIOGENES DA CUNHA LIMA





AMIGO DE INFÂNCIA





“Você é um amigo de infância feito na maturidade”

ODYLO COSTA FILHO (São Luís, Maranhão. 1914 - 1979)
para Diogenes da Cunha Lima





segunda-feira, 15 de outubro de 2018

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

BRASÍLIA POR CLARICE LISPECTOR





DEZ SURPREENDENTES DEFINIÇÕES DA CAPITAL FEDERAL
por CLARICE LISPECTOR

01
Brasília é construída na linha do horizonte.

02
Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto inexplicado.

03
Brasília é assexuada.

04
A beleza de Brasília são as suas estátuas invisíveis.

05
Mulher rica é assim. Brasília pura.

06
Esta cidade foi conseguida pela prece.

07
Brasília não admiti diminutivo.

08
Só Deus sabe o que acontecerá em Brasília.

09
Brasília. Uma prisão ao ar livre.

10
Se há algum crime novo que a humanidade não cometeu, esse crime novo será aqui inaugurado.





sexta-feira, 5 de outubro de 2018

TRÊS VEZES DI CAVALCANTI

    

    01
Perdido no mar
Perdido na terra
Perdido no céu
De maus alcancei
Teu leito sem dono.
                           

02
A virgem morena
Pedia pecado.
                          

03
E dentro da solidão sem esperança uma vontade de novo pantin por está levado para mais de uma criações do mundo.


DI CAVALCANTI
(Rio de Janeiro, RJ. 1897 - 1976)




NO JORNAL DE WM









terça-feira, 2 de outubro de 2018

O AMIGO





O AMIGO

  
Dá pra contar nas mãos os meus amigos,
amigos que me abraçam e que eu abraço.
Às vezes erro as contas e as refaço
pela ausência de amigos mais antigos.

Não consigo contar os inimigos,
se inimigos reais eu nunca faço.
Não os vejo da vida em meu espaço,
nem pressinto no tempo os seus fustigos.

E se nenhum amigo eu mais contasse
e a vida de ser só não me bastasse,
bastaria lembrar-me de Jesus.

Bastaria, somente, que O louvasse

para sentir presente, face a face,
o Amigo que por mim morreu na cruz.


RONALDO CUNHA LIMA

Em homenagem a Diógenes Cunha Lima, pela celebração das Bodas de Ouro da Amizade.





A RIBEIRA




DCL recita seu poema “A Ribeira”, em 1996.





segunda-feira, 1 de outubro de 2018

CASCUDIANAS




Câmara Cascudo procurava as leis da época, os fatos importantes. Descobriu uma lei de 1851 que autorizava o governo a adquirir 15 lampiões para iluminação pública em Natal. A cidade foi iluminada, acetileno, óleo de carrapateira com algodão. Com Alberto Maranhão, o mecenas, veio a energia elétrica em 1911.

DCL






CINCO VEZES ÁLVARO MOREYRA




01
“O clube dos modernistas faliu por excesso de sócios.”

02
“A Marquesa de Santos encheu de amor à vida.”

03
“Há cidades diferente de dia. De noite todas as cidades são iguais.”

04
“Dei toda liberdade à vida. A vida faz de mim o que bem quer.”

05
“A alma não tem geografia.”







UM PRESENTE DA UCRÂNIA