quarta-feira, 31 de outubro de 2018
O AMOR SEGUNDO DRUMMOND
“Amor é dado
de graça. É semeado no vento...”
“Rebaixamos
o amor ao estado de utilidade.”
CARLOS
DRUMMOND DE ANDRADE
terça-feira, 30 de outubro de 2018
A PRIMEIRA DAMA
Michelle Bolsonaro é auxiliar preciosa do presidente
eleito. Filtra as amizades e as entrevistas do marido, diminui seus impulsos,
suaviza sua linha de conduta. Recatada, deu entrevista a TV Record
contando, entre outras coisas, que é filha de cearense, o esposo é gentil, correto na relação familiar e faz o café da manhã.
Ela tem 38 anos, ele 63, e a filha, Laura, 8 anos.
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
NERUDA E DIÓGENES EM DESAFIO ONÍRICO
Diógenes da
Cunha Lima publica um novo livro: Livro
das respostas; face ao Livro de las
preguntas, de Pablo Neruda (Massao Ohno Editor – São Paulo – 1996).
Temos certa
intimidade com esse livro de Diógenes, que nasceu por sugestão nossa, conforme
o próprio autor confessa com a dedicatória com a qual nos homenageou. Foi, na
verdade, um desafio que fizemos, ao entregar o Livro das perguntas, de Neruda, adiantando que gostaríamos que o
lesse e respondesse a todas as perguntas difíceis ou surrealistas que ali se
acontiam. Se tanto tivesse “engenho e arte”, Diógenes, como dizem os gaúchos: “pegou
logo o pinhão na unha”. Durante uma semana, dias e até meses, ele foi
respondendo uma a uma todas as trezentas e tantas questões intrigantes
levantadas por Neruda. Fez e refez esse livro várias vezes. Procurava
avidamente a melhor solução para as indagações do poeta chileno. Soluções que
envolviam a contenção e rima, e até a síntese adequada. Foi trabalho de
artesanato que só um poeta de alta categoria poderia enfrentar.
Edson Nery
da Fonseca, num prefácio magistral, disse tudo sobre a tarefa a que Diógenes se
entregou de corpo e alma. Resume a obra de Diógenes com estas palavras:
“Diógenes é, sem dúvida, um poeta nascido para os mais altos voos da
imaginação. Um poeta de cariz mediano e, por isso, deu às perguntas de autor de
Odas elementales as respostas que
ele, estou certo, entusiasticamente aplaudiria”.
Pensamos que
essa afirmação de Edson Nery da Fonseca, como crítico rigoroso e inflexível,
diz bem da tarefa que Diógenes aceitou com deliberado desejo de superar os
obstáculos, o terreno minado que Neruda semeou para os poetas do futuro.
Relembramos
agora o belo livro que nos encantou com as várias respostas inteligentes ou
simplesmente críticas que Diógenes formulou.
Vejam
algumas que nessa leitura nos chamaram atenção à pergunta de Neruda dificílima:
“y cuándo se fundou la luz. Est sucedeu en
Venezuela?”.
Diógenes
respondeu:
“A luz
nasceu de uma costela da Eva, na Venezuela”.
Ou esta
outra indagação:
“Donde encontrar una campana que suene adentro
de tus sueños?”.
Respondeu
Diógenes:
“Os sinos
dos sonhos não prescindem de badalos”.
Achamos
magnífica a resposta do nosso poeta à pergunta de Neruda:
“Cuándo lee la
mariposa lo que vuela escrito en sus alas?” Diógenes:
“Borboletas
costumam ler quando leves voam sobre o espelho das águas”.
Também
imaginosa a resposta para essa pergunta de Neruda: “Como
se chamam os ciclones quando não tienem movimentos?”.
Resposta: “Bem no começo, quando não em movimento, o ciclone se chama ovo do
vento”. A uma pergunta de Neruda propondo reconstruir o inferno, Diógenes
saiu-se com resposta lógica e bem-humorada:
“Inferno só
é inferno por não permitir reforma”.
O livro é
todo assim. Cheio de inteligência fértil de graça espontânea, e sobretudo, de
sabedoria humana.
VERÍSSIMO DE
MELO
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
O LÍDER
Todo e qualquer movimento
culmina organicamente num líder, o qual consubstancia em todo o seu ser o
significado e o propósito do movimento popular. Ele é uma encarnação da psique
da nação e seu porta-voz. É a ponta de lança da falange de todo o povo em movimento.
Trecho do livro “C. G. Jung:
Entrevistas e Encontros”, pág. 75
A FÉ DE ISMAEL NERY
Meu Deus para que presente
Tantas almas num só corpo?
Deus deu também a Adão e a Eva
O poder de criar corpos.
ISMAEL NERY
(Belém, Pará. 1900 - 1934)
terça-feira, 23 de outubro de 2018
O PENSAMENTO DE GERALDO BATISTA
01
A incerteza
é maior dos abismos, faz até recém-nascido chorar.
02
A amizade é
um amor sem compromisso.
03
A companhia
de uma mulher bonita melhorar qualquer comida.
04
A
consciência é o vigia de Deus.
05
Ainda não
descobri se sou feliz por ser pobre ou sou pobre por ser feliz.
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
TRÊS VEZES BORGES
“O jornalista escreve para o esquecimento”
“O milagre tem direito de impor condições”
“Sempre é
uma palavra que não é permitida aos homens”
JORGE LUIS
BORGES
(Buenos
Aires, Argentina. 1899 - 1986)
PALESTRA SOBRE O CONSELHEIRO BRITO GUERRA
Palestra do acadêmico Daladier Cunha Lima
Academia Norte-rio-grandense de Letras
17 de outubro de 2018
quarta-feira, 17 de outubro de 2018
AMIGO DE INFÂNCIA
“Você é um
amigo de infância feito na maturidade”
ODYLO COSTA
FILHO (São Luís, Maranhão. 1914 - 1979)
para Diogenes
da Cunha Lima
terça-feira, 16 de outubro de 2018
PALESTRA DE DALADIER CUNHA LIMA
Dia 17 de outubro, às 17h, na ANRL, o acadêmico Daladier Cunha Lima fará palestra sobre o bicentenário de nascimento do Conselheiro Brito Guerra, patrono da Cadeira 3.
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
TESTEMUNHO FIEL
“Acho que a
gente tem que dar o testemunho fiel do seu tempo e da sua gente e as conclusões
que sejam tiradas.”
RACHEL DE
QUEIROZ
(Fortaleza,
Ceará. 1910 - 2003)
terça-feira, 9 de outubro de 2018
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
BRASÍLIA POR CLARICE LISPECTOR
DEZ SURPREENDENTES DEFINIÇÕES DA CAPITAL FEDERAL
por CLARICE LISPECTOR
01
Brasília é construída
na linha do horizonte.
02
Os dois arquitetos não
pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto inexplicado.
03
Brasília é assexuada.
04
A beleza de Brasília
são as suas estátuas invisíveis.
05
Mulher rica é assim.
Brasília pura.
06
Esta cidade foi
conseguida pela prece.
07
Brasília não admiti
diminutivo.
08
Só Deus sabe o que
acontecerá em Brasília.
09
Brasília. Uma prisão ao
ar livre.
10
Se há algum crime novo
que a humanidade não cometeu, esse crime novo será aqui inaugurado.
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
TRÊS VEZES DI CAVALCANTI
01
Perdido no mar
Perdido no mar
Perdido na terra
Perdido no céu
De maus alcancei
Teu leito sem dono.
02
A virgem morena
A virgem morena
Pedia pecado.
03
E dentro da solidão sem esperança uma vontade de novo pantin por está levado para mais de uma criações do mundo.
E dentro da solidão sem esperança uma vontade de novo pantin por está levado para mais de uma criações do mundo.
DI CAVALCANTI
(Rio de Janeiro, RJ. 1897 - 1976)
terça-feira, 2 de outubro de 2018
O AMIGO
O AMIGO
Dá pra contar
nas mãos os meus amigos,
amigos que me
abraçam e que eu abraço.
Às vezes erro as
contas e as refaço
pela ausência de
amigos mais antigos.
Não consigo
contar os inimigos,
se inimigos
reais eu nunca faço.
Não os vejo da
vida em meu espaço,
nem pressinto no
tempo os seus fustigos.
E se nenhum
amigo eu mais contasse
e a vida de ser
só não me bastasse,
bastaria
lembrar-me de Jesus.
Bastaria, somente, que O louvasse
para sentir
presente, face a face,
o Amigo que por
mim morreu na cruz.
RONALDO CUNHA LIMA
Em homenagem a
Diógenes Cunha Lima, pela celebração das Bodas de Ouro da Amizade.
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
CASCUDIANAS
Câmara Cascudo procurava as leis da época, os fatos importantes. Descobriu uma lei de 1851 que
autorizava o governo a adquirir 15 lampiões para iluminação pública em Natal. A
cidade foi iluminada, acetileno, óleo de carrapateira com algodão. Com Alberto
Maranhão, o mecenas, veio a energia elétrica em 1911.
DCL
CINCO VEZES ÁLVARO MOREYRA
01
“O clube dos modernistas faliu por excesso de sócios.”
02
“A Marquesa de Santos encheu de amor à vida.”
03
“Há cidades diferente de dia. De noite todas as cidades são
iguais.”
04
“Dei toda liberdade à vida. A vida faz de mim o que bem
quer.”
05
“A alma não tem geografia.”
Assinar:
Postagens (Atom)