“Eu: essa
paisagem com
a assinatura
breve e nítida
de quem
não desiste nunca.”
O Seridó
potiguar é palco e inspiração para os alumbramentos da poesia da
currais-novense Iara Maria Carvalho. Sob a ótica da figura feminina, de maneira
singular, as manifestações de um eu-lírico presta tributo à realidade local, narrando
o passado e o presente, e elevando singelamente tarefas simples. A simplicidade
não está apenas no conteúdo retratado, mas também na forma de escrever. A
linguagem é direta e os versos olham para a simplicidade das coisas, fazendo
com que a complexidade do cotidiano seja compreendida em sua extensão através
de um diálogo honesto com o leitor.
Os
exercícios líricos de Iara, escritos em versos livres e concisos, iluminam a
força das palavras e das imagens. Fala da natureza, da memória, da família,
da vida doméstica, de amores, do seu ser e do mundo. No entanto, sua poesia
está longe de ser óbvia ou redundante, muito pelo contrário, é texto denso cujo
alcance transcende as páginas do livro. São revelações acerca dos pensamentos e
posturas que abrangem o ideário da autora.
O
espírito independente se apresenta abertamente ao longo dos versos e das
páginas cúmplices. É uma literatura que é resistência porque é catarse. Trata-se de
transcendência, de uma mulher que se recria ou se descobre por meio da
literatura, da criação poética. “Meia Porção de Sol” é surpreendente, talentoso
e fascinante. A autora merece o elogio do seu
orientador de mestrado, Derivaldo dos Santos. Iara além de ser poesia, é
simpatia.
DIOGENES da CUNHA LIMA
Que coisa mais linda, Diógenes! Gratidão pela leitura, que me revisitar a mim mesma em meio a esse fim de ano. Fico feliz que tenha gostado!
ResponderExcluirAbração!!