O
ex-ministro Marco Aurélio Mello, de quem sou admirador antigo, ficou espantado
com a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou ao Presidente da
República ir prestar depoimento na Polícia Federal.
Marco
Aurélio deu uma lição de direito e bom senso. Por lei, o Presidente poderá ser
ouvido por um juiz e combinarão dia, hora e local do depoimento, se ele
resolver não fazer por escrito. Por fim, concluiu que o Presidente Jair
Bolsonaro está sendo investigado, portanto pode se recusar a fazer provas
contra si mesmo.
O
ex-ministro não vê qualquer indicação de crime para uma investigação. O
Presidente manifestou uma opinião, que é um direito constitucional seu, e por
outro lado o caso é uma ficção do ministro relator, uma vez que nada havia de
sigiloso.
Concluindo, recordo um antigo estadista francês, François Guizot, que disse certa vez: “Quando a política penetra no recinto dos tribunais, a justiça se retira por alguma porta”.
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