UMA MULHER QUE MUDOU A ECONOMIA BRASILEIRA
Pagu, Patrícia Galvão (1910-1952), uma
poeta de Santos, foi jornalista e tradutora. Desde menina, ágil e linda, era a
própria transgressão. Insinua-se nos amores de Oswald de Andrade e Tarsila do
Amaral. Oswald, apaixonado, divorcia-se e casa com ela.
Pagu filia-se ao Partido Comunista e é a
primeira mulher presa no Brasil por razões ideológicas. Por mais de vinte vezes
foi levada à cadeia. Como jornalista, vai à China e ao Japão, seduzindo sempre.
Faz longos passeios de bicicleta com Pu-Yi, o último imperador chinês. O poeta
Menotti Del Picchia, nosso cônsul na Ásia, diz a ela que os chineses eram
ciosos e ciumentos da importância de um feijãozinho rico em propriedades
alimentares e altamente produtivo. Ninguém poderia retirá-lo do país. Ela
consegue do amado, o imperador, dezenove mudas que são enviadas ao nosso País.
O feijãozinho aqui cresceu e se multiplicou, a soja é riqueza nacional. As 19
mudas foram reproduzidas e é hoje plantada em 24 milhões de hectares que
produzem 75 milhões de toneladas.
(DCL)
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