Sozinha
nos trilhos eu ia,
coração
aos saltos no peito.
O
espaço entre os dormentes
era
excessivo, ou muito estreito.
Paisagem
empobrecida:
carvalhos,
pinheiros franzinos;
e
além da folhagem cinzenta
vi
luzir ao longe o laguinho
onde
vive o eremita sujo,
como
uma lágrima translúcida
a
conter seus sofrimentos
ao
longo dos anos, lúcida.
O
eremita deu um tiro
e
uma árvore balançou.
O
laguinho estremeceu.
Sua galinha cocoricou.
Bradou
o velho eremita:
“Amor
tem que ser posto em prática!”
Ao
longe, um eco esboçou
sua
adesão, não muito enfática.
ELIZABETH BISHOP
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