O que penso ninguém sabe é que, por muitos anos, estudei
as leis. Todas as noites. Apaixonadamente. A ponto de, imagino, estar
habilitado a tornar-me advogado. Por essa razão, em minhas obras, empreguei
numerosíssimas expressões jurídicas. No conto O Programa um personagem,
Romualdo, até antecipa essa vontade ao sonhar “que seria citado algum dia entre
os Nabucos, os Zacarias, os Teixeiras de Freitas, etc. Jurisconsultos”. Era de
mim que falava. Meu maior desejo é que, no futuro, alguém me faça justiça. Algum
advogado, talvez, que o perceba. Isso me causaria grande alegria. E, se assim
for, serei sempre grato a ele.
Fragmento de crônica de JOSÉ PAULO CAVALCANTI FILHO
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