“No Brasil, poeta morre de fome. Mas sou apaixonada por
este malandro chamado Literatura e não viveria sem ele”, disse certa vez a
mulher que está entre as primeiras escritoras a publicar literatura erótica no
Brasil. Olga Savary nasceu em Belém a 21 de maio de 1933. Além desta cidade,
viveu em Fortaleza, Rio de Janeiro e em Teresópolis, onde residia. Escreveu
prosa e poesia, além de traduzir para o português mais de meia centena de obras
de nomes da literatura hispano-americana como Jorge Luis Borges, Julio
Cortázar, Carlos Fuentes, Federico García Lorca, Pablo Neruda, Octavio Paz,
José Lezama Lima, Laura Esquivel, Jorge Semprún e Mário Vargas Llosa, e também
os mestres japoneses do haicai Bashô, Buson e Issa.
Publicou mais de uma dúzia
de títulos, entre os quais, "Espelho provisório", o de estreia na
poesia em 1970, "Sumidouro" (1977, poemas), "Magma" (1982,
poemas), "Berço esplendido" (1987, poemas), "Rudá" (1994,
poemas) e "O olhar dourado do abismo" (contos, 1997). Organizou
importantes antologias, como "Carne viva" (1984), "Antologia da
nova poesia brasileira" (1992) e "Poesia do Grão-Pará" (2001). A
escritora acumulou vários dos principais prêmios nacionais de literatura, entre
eles o Prêmio Jabuti de Autor Revelação (1971), duas vezes o APCA de Poesia -
pelo livro "Sumidouro" (1977) e pelo livro "Anima Animalis"
(2008). Olga Savary morreu no dia 15 de maio de 2020 por complicações da
COVID19
Nenhum comentário:
Postar um comentário