EDSON
FRANCO
No
campo das fábulas, Natal possui uma de suas árvores no asteróide B 612. A
árvore é um baobá localizado na rua São José, bairro do Alecrim.
Já
o asteróide era o lar do "Pequeno Príncipe", obra clássica do
escritor e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944).
A
visita de Exupéry à capital potiguar aconteceu provavelmente entre 1926 e 1930,
período em que ele pilotou aviões do correio entre o noroeste da África e a
América Latina.
Com
seu diâmetro de 18,4 metros, o baobá serviu para o escritor fazer uma metáfora
sobre o bem e o mal em seu livro.
"No
planeta do principezinho haviam ervas boas e más. Mas as sementes são
invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar. Se
é de roseira ou rabanete podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando se
trata de uma planta ruim, é preciso arrancar logo."
Apresentando
como motivo o pequeno tamanho de seu país, o pequeno príncipe não podia
permitir o crescimento dos baobás em seu território.
Botânica
Originário
da África, o baobá é considerado o maior vegetal existente no mundo. Sua
longevidade chega a ultrapassar os mil anos.
Com
raiz central profunda e raízes laterais grossas, o baobá possui caule de até 20
metros de altura recoberto de casca lisa e de cor acinzentada.
Sua
madeira leve e porosa pode ser utilizada na fabricação de canoas. Depois de
seca, essa árvore concentra muita celulose, matéria-prima do papel.
Briga
Outras
cidades nordestinas que possuem baobás reivindicam para si o privilégio de ter
inspirado o escritor francês.
Infelizmente,
a resposta para essa questão afundou com Exupéry no mar Mediterrâneo. (EF)
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